Partilho agora dois dias fora da rotina em contacto puro com esta minha paixão.
As férias aproximam-se do fim, e como é natural olho para os dias a passar e desejo fazer algo diferente, para não ficar com o sentimento de que passaram sem que as tenha aproveitado.
Assim, juntei um pequeno grupo de amigos e meti-me ao caminho. O destino era o Gerês. Mais concretamente a localidade de Cabril, rumo ás 7 lagoas naturais.
Eu conhecia razoavelmente o caminho, mas não confiando em demasia levamos o GPS. Ainda bem, não porque nos perdesse-mos, mas porque este GPS estava desactualizado e levou-nos por caminhos fantásticos. Cheguei duvidar da capacidade do carro percorrer aqueles caminhos, mas entre vielas e auto-estrada lá chegamos ao destino, mesmo a tempo de comer um prego no prato. Demorou um pouco a ser servido, mas tendo em conta que a senhora do restaurante ainda foi ao talho buscar os bifes, valeu a pena.
Ao início da tarde e depois do almoço era altura de partir para as lagoas. Ainda antes tiramos tendas e sacos cama do carro para que este ficasse mais leve e nos levasse as tão ambicionadas lagoas. Chegados a entrada do caminho, que nos leva as lagoas, este estava em muito mau estado. O resultado foi deixar o carro e seguir a pé.
Tínhamos pela frente mais de 6km em estrada de terra batida em mau estado, com grandes desníveis e entre os cumes dos montes. Nada de muito duro tamanha era a recompensa a medida que nós íamos avançando.
Tínhamos pela frente mais de 6km em estrada de terra batida em mau estado, com grandes desníveis e entre os cumes dos montes. Nada de muito duro tamanha era a recompensa a medida que nós íamos avançando.

Depois de um merecido descanso e muitas fotos, era altura de botar as sapatilhas ao caminho. Antes mesmo de partir para mais 6 km de caminhada, troquei umas impressões com umas pessoas que também se encontravam no local e que me disseram que existia uma lagoas ainda mais bonitas um pouco mais para diante (do outro lado do monte). Não sei se eram mais bonitas ou não, mas fiquei com água na boca, (fica para uma próxima).
Já no parque ainda jogamos umas cartas sobre um céu estrelado naquele mítico parque de campismo. Eu digo mítico porque deve existir muito poucos parques com tão poucas condições. Ainda assim tivemos a honrosa presença do nosso ilustre alpinista, João Garcia, que pernoitou mesmo atrás da minha tenda. João Garcia anda mais uma vez a superar-se a si próprio, desta vez não a pé, subindo ao pico de um qualquer monte com mais de 8000m de altitude, mas sim de bicicleta pelo Gerês.
Inicio de tarde, seguimos pela portela do homem, entrando em Espanha com paragem para mais um mergulho. Paramos ainda mais uma vez em Espanha desta feita para meter gasolina porque os 25 cêntimos de diferença justificam.
Entramos em Portugal pela fronteira de Lindoso em direcção a Arcos de Valdevez onde ainda houve tempo para um banho na praia do emigrante.
Aproximava-se o pôr-do-sol e como tal hora do regresso a base e de fazer contas.
No final o saldo foi muito positivo e a vontade de repetir é já enorme.